Hoje, 07 de maio, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção das Doenças Alérgicas, uma campanha iniciada pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com o apoio do Ministério da Saúde. A data tem o objetivo de chamar atenção para o aumento das alergias nas últimas décadas, além de destacar a importância de realizar o tratamento adequado.
Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que as primeiras manifestações de alergias, logo no início da vida, costumam aparecer na pele. Com o avançar da idade, as alergias mais frequentes são as respiratórias.
“Em primeiro lugar, estão a asma, que provoca tosse, chiado e falta de ar, e a rinite alérgica, que provoca crises de espirro, congestão nasal, coriza e coceira no nariz. Em segundo vem manifestações de pele, como por exemplo, dermatite atópica”, afirma.
Alergia tem cura?
Não. Trata-se de uma doença de evolução crônica, na qual é possível controlar somente os sintomas e a inflamação alérgica. Segundo a ASBAI, a alergia pode estar ligada aos Erros Inatos da Imunidade (EII), isto é, defeitos genéticos no sistema imunológico que aumentam as chances de desenvolver infecções comuns de forma recorrente. Estima-se que entre 70% e 90% dos pacientes não sabem que têm EII, também de acordo com a associação.
Como tratar alergia?
O controle dos sintomas e da inflamação alérgica é feito por redução da exposição aos fatores que causam a alergia. Por exemplo, se uma pessoa tem alergia a ácaro e poeira, é necessário reduzir a exposição, mantendo o ambiente sempre limpo e arejado. Contudo, zerar absolutamente a exposição é impossível, porque sujeiras como essas estão em todo lugar.
Há também tratamentos mais assertivos, como elucida Condino-Neto: “É possível tratar os pacientes com a imunoterapia para doenças alérgicas, que é um programa de vacinação e imunização para reforçar o lado sadio da resposta imune e com isso evitar a exacerbação das respostas imunológicas alérgicas, deixando a situação mais sob controle”.
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